quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi...


[...]
Nathan Sawaya, Heartfelt. Escultura.
São tantas já vividas
São momentos
Que eu não me esqueci
Detalhes de uma vida
Histórias que eu contei aqui...
[...]
Em paz com a vida
E o que ela me traz
Na fé que me faz
Otimista demais
Se chorei ou se sorri
O importante
É que emoções eu vivi...
[...]

(Emoções, Roberto Carlos)


Tenho constantemente afirmado a minha plena convicção de que todos somos livres para expressarmos nossas emoções, sejam elas de alegria ou de dor, não importa.
Na verdade,  o que importa mesmo, é o fato de que as emoções fazem parte do nosso cotidiano e não há como fugir disso. Não há como se esquivar, não há como se esconder, não há como ficarmos indiferentes a elas. Elas chegam, se instalam com ares de donas da nossa razão, tomam conta de tudo, às vezes ordenam, outras desordenam, também, e nos colocam à mercê de seus caprichos.
E não há como ser diferente, pois, como seres emocionais que somos, dotados de sentimentalismos, percepções e formas de apreensões das realidades vividas distintas, somos compelidos, sistematicamente, a reagirmos primeiramente por meio das nossas emoções e, só então, após um período de calmaria, fazermos uso da razão.
Porém, é claro e evidente que é muito mais fácil deixarmos transparecer nossas felicidades, nossos momentos de contentamentos, do que expormos ao mundo as mazelas da nossa existência. Afinal, somos cobrados a todo instante acerca de uma força que, muitas vezes, não possuímos, mas que é exigida de nós, nem que seja apenas na aparência exterior. 
Mas isso apenas faz de nós pessoas doentes, emocionalmente falando, uma vez que a repressão da dor adoece o nosso espírito.
Quanto a mim, sou um ser humano dotado de doses extremamente elevadas da capacidade de deixar minhas emoções fluírem para fora de mim. Aprendi, às custas de muito sofrimento, que angústias reprimidas são feridas que nunca cicatrizam, que palavras engolidas e não digeridas, provocam dores imensuráveis na alma. Assim, não mais me obrigo a ser forte quando estou ruindo por dentro. Não mais me imponho a obrigação de disfarçar meus medos, minhas inquietações, como forma de resguardar-me dos olhares alheios. Aprendi a ser autêntica. Apenas sou eu mesma, nada mais.
Minhas alegrias, também, são motivos de festas. Brindo à elas com o meu melhor. Me doo por inteira aos momentos de perfeita comunhão com a vida. Aqui, também, sou autêntica, sou apenas eu mesma, ninguém mais.
Por tudo isso, a cada novo dia, olho para dentro de mim a fim de me assegurar que não deixei nenhuma dor relegada à clandestinidade, que não sufoquei emoções que estavam querendo aflorarem, que não deixei de falar palavras que pudessem trazer à alguém algum conforto, por pequeno que fosse. Me sondo, me analiso, me renovo, pois, só assim, continuarei a ser autêntica, sendo apenas eu mesma, nada mais.
Brindo à vida, brindo à capacidade de poder vivenciar cada momento que chega até mim, trazidos por forças que não me cabem desvendar. Brindo aos dias de luz, mas, brindo, também, aos momentos de escuridão, pois, sem eles, não haveria como saber o quão belo e precioso é poder enxergar, por meio da luz, a beleza de viver.
Para terminar, deixo aqui o vídeo da música Emoções, pois, se chorei ou se sorri, o importante é que emoções tenho vivido, dia após dia, sendo apenas eu mesma, ninguém mais.



Um beijo de alguém que chora, que ri e que, acima de tudo, ama a vida!

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