quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Um Natal inundado de amor para todos nós!




Quando paro para pensar na velocidade com que o tempo está passando, chego a me assustar, pois nem bem um Natal se foi e já estamos na véspera de um novo. O tempo está passando rápido demais ou será que estamos tão atribulados com tantos afazeres que não temos tempo para observar os dias evoluindo entre o alvorecer e o pôr do sol?

O ano de 2015 para mim passou quase que na velocidade da luz, sobremaneira o último semestre, pois me enchi de atividades que até bem pouco tempo eu não me achava capaz de executar diante dos sintomas que minha amiga múltipla me provoca.

Têm momentos que me pergunto como foi que dei conta de tudo em meio aos dois surtos que me levaram a pulsoterapias e à exacerbação dos meus piores e mais incapacitantes sintomas. Eu não parei. Eu lecionei no curso de artes plásticas da Fainc - Faculdades integradas Coração de Jesus. Orientei 9 alunos de TCC - Trabalho de conclusão de curso. E assumi a presidência da primeira associação de pacientes de Esclerose Múltipla na região do grande ABC paulista, a ABCEM - ABC Esclerose Múltipla. Isso além de comandar minha casa, ser mãe, filha, seguir minha rotina de consultas, exames, cuidados comigo, escrever na fanpage Versos derramados, no meu Blog no site da AME, escrevi (tá certo que não foi com a frequência ideal, mas escrevi) aqui, administrei a fanpage Minhas escleroses, o grupo do facebook Minhas escleroses, a fanpage da ABCEM - ABC Esclerose Múltipla, o grupo da ABCEM, elaborei aulas, corrigi trabalhos, fiz algumas viagens curtas, conheci pessoas, compartilhei... Nossa, eu realmente fiz coisas além do imaginado neste ano que está nos acenando adeus! Ufa!!!!

Como costumo dizer para minha amiga Suzette Zanatta, a EM não consegui me brecar, nem quando demonstrou suas garras afiadas, me fazendo surtar. Eu até tive de remanejar algumas coisas, fiz outras com atraso, mas não deixei nada para trás. Eu dei conta e isso me enche de orgulho.

Porém, eu confesso que fiquei em falta com algumas pessoas, pois entre o acordar e o ir dormir, na maioria das vezes, não tive tempo de responder suas mensagens, porém, quero deixar registrado que meu carinho não diminuiu em nada, mesmo ausente, todos vocês continuam ocupando um lugar mais que especial no meu coração. Em 2016 me farei mais presente, prometo.

Por fim, quero dizer a todos os que de uma forma ou de outra fazem parte da minha vida e que estão comigo nessa jornada terrestre, que lhes desejo um coração inundado de amor neste Natal que está nos saudando e nos convidando a refletir sobre o seu real significado. Lhes desejo amor, simplesmente amor, assim terão luz, paz, esperança, saúde, discernimento, compreensão e todo o resto que se faz essencial para que tenhamos uma vida plena no verdadeiro sentido do que seja viver.

Feliz Natal!!!!

Beijos iluminados no coração de todos!

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Vamos florir?





Engana-se aquele que afirma que tem força suficiente para não se entregar, tantas e tantas vezes, às lágrimas e angústias desenfreadas.

Ilude-se quem engole os soluços para não deixar transparecer a sua humanidade.

Quem não tem suas fraquezas interiores e exteriores?

Quem nunca se ressente pelas mazelas físicas e da alma?

Quem não se entrega ao choro nos momentos em que as forças se esvaem quase que por completo?

Existem instantes que, de tão lancinantes, abrem ou reabrem feridas no corpo e na alma.

A vida não é perfeita, gente não é perfeita e, como disse shakespeare "qualquer um é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente."

Têm dias que dói mais, outros nem tanto e outros que nem dói. Há dias que um terremoto não nos abala, mas há outros em que uma folha seca caindo de uma árvore abala o nosso centro de gravidade. Existem dias em que só ficam os perfumes, porém existem outros em que um minúsculo espinho nos fere.

Ninguém é comparável, nenhum grau de sofrimento é comparável, nem ninguém é melhor que ninguém porque já aprendeu a domar suas dores em público. 

Respeitar a dor alheia é obrigação dos que têm dores mais brandas ou aprenderam a camuflá-las para se agigantarem diante dos outros. Assumir que nem sempre dá para lidar com as mazelas da vida não é fraqueza, pois temos de ter muita coragem para deixarmos transparecer nossas fragilidades e imperfeições, uma vez que a ditadura da felicidade constante tende a menosprezar aqueles que demonstram que isso é apenas uma utopia, pois quem consegue ser feliz 24 horas no dia? 30 dias no mês? 365 dias no ano?

A vida é assim, composta por momentos de alegria e por momentos em que somos tomados por tristezas, dissabores e dores que desatinam nossa alma.

Mas, (sempre tem um mas, não é mesmo?), o que não podemos é viver sob a égide da escola da tristeza, como diz o professor Clóvis de Barros Filho. A tristeza, embora necessária muitas vezes para que possamos mergulhar em nosso interior desordenado e fazer os devidos ajustes para que ele volte ao normal, não pode ser o elemento norteador da nossa existência. Temos direito ao choro, ao desespero, por que não?, ao desalento, porém, temos de nos cercar da energia necessária para buscarmos ajuda e apoio quando percebermos que não estamos conseguindo emergir desse triângulo vicioso da dor, lágrimas e autocomiseração sozinhos. 

Nosso corpo pode até adoecer, faz parte, mas não podemos deixar nossa alma adoecer com ele de forma irreparável. 

Vamos desabrochar dos botões do inverno e florescer! Vamos sair dos casulos e borboletar! Vamos sair da hibernação e voltar à vida! 

Tudo passa nessa vida, mas tudo volta,  mas tudo passa de novo e, assim, vamos fortalecendo nossos sentimentos e nos blindando contra aqueles que não querem ver um sorriso despontando em nossos lábios após uma noite de choro.

Beijos no coração de todos...