Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz
interior. E mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua
intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar.
Tudo o mais é secundário.
(Steve Jobs)
Demorou muito, mas tenho aprendido a duras penas, que não devo me preocupar tanto com a opinião alheia acerca da minha vida, acerca do que é certo ou não para mim, acerca do que eu devo ou não fazer com minhas emoções.
Tem sido uma batalha realmente árdua, mas tenho conseguido, devagarinho, dar menos importância ao que as outras pessoas acham que é o melhor para mim. Afinal, quem pode saber o que é melhor para mim , senão eu mesma?
Eu vivi tempo demais tentando agradar a todos, menos a mim.
Quantas vezes deixei de fazer o que eu queria de verdade, para fazer o que esperavam que eu fizesse?
Quantas não foram as vezes que vivi sonhos que não eram meus apenas para não magoar quem os havia sonhado?
Perdi a conta das vezes em que calei o que queria dizer para, simplesmente, dizer o que queriam que eu falasse.
Muitas foram as vezes em que arquivei projetos de vida por não serem compatíveis com o que esperavam de mim.
Muito triste isso, mas foi assim que vivi durante quase toda minha vida.
Eu não sei precisar o momento que algo mudou dentro de mim. Não sei bem quando foi, apenas sei que passei a sentir uma intensa necessidade de assumir o controle da minha própria vida. De repente, percebi, que precisava agradar a mim, que precisava me contentar antes de pensar em contentar os outros.
Foi um momento de descoberta da minha própria identidade, pois, até ai, eu sentia que nunca tinha assumido o meu próprio eu, jamais tinha me permitido ser eu mesma, sem subterfúgios, sem alegorias, sem fingir ser alguém que não era apenas para não decepcionar aqueles que queriam que eu fosse um reflexo deles próprios.
Foi fácil? Talvez me perguntem...Não, não foi e e nem está sendo nada fácil. Muito pelo contrário, tenho travado uma luta constante comigo mesma para não sucumbir a tentação de voltar a tentar agradar mais aos outros que a mim mesma. Tem sido bem difícil, pois, cada vez que eu vejo o olhar de decepção que me dedicam sempre que deixo de agir de acordo com o que esperam de mim, sinto uma pontada de remorso que me faz pensar em retomar minha carreira de intérprete de personagens escolhidos para mim sem que ao menos eu pudesse opinar sobre a conveniência deles, ou não, para minha vida.
Porém, a cada atitude tomada de acordo com minha própria convicção, eu percebo que está valendo muito a pena dar mais importância ao que eu quero para minha própria vida ao invés de tentar ser alguém que não sou.
Assim, a cada dia, vou vencendo a minha própria insegurança e tomando coragem para fazer o que eu acho ser o melhor para mim, fazer tudo aquilo que me traz contentamento, que me faça acreditar que a vida vale a pena, apesar dos desencontros com nossa própria felicidade.
Dessa forma, minhas atitudes atuais são retratos dos meus anseios interiores, nada mais nada menos que uma reflexão íntima daquilo que me traz momentos de comunhão com a vida.
É assim que tenho tentado viver e que, acredito, ainda vou conseguir viver muito mais.
Agora, posso dizer que tenho vestido minha própria alegoria nos palcos da minha própria história.
Um beijo de acordo com minha própria convicção!
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