domingo, 5 de maio de 2013

Tudo passa, não é assim que aprendemos?








Isso também passa.

(Chico Xavier)







Todos nós, independentemente de nossa condição física ou emocional, temos nossos dias de angústias, medos, dores e incertezas. Cada um de nós, a sua maneira, vive momentos em que parece que o mundo nos deixou  à margem da nossa própria existência. 
E esses dias se tornam muito mais constantes, indubitavelmente, para os que convivem com uma enfermidade incurável, sobretudo com uma cujo fator determinante é a imprevisibilidade.
Isso, por si só, já tem motivos de sobra para nos causar momentos de extrema flutuação emocional, o que dizer, então, disso aliado com as outras agruras da vida que não são privilégios de ninguém, mas que, de uma maneira ou outra, em um momento ou outro, acabam por atingir cada um de nós?
Ter momentos de tristeza, mesmo que sem motivo aparente, se entregar ao choro copioso, ter dias da mais pura escuridão, sentir a própria dor como a maior dor do mundo é absolutamente normal e não significa fraqueza, não significa que estejamos depressivos, mas significa, tão somente, que somos humanos e como tal temos dias bons, dias não tão bons e dias ruins. Dias em que nada nos contenta, nada nos anima, nada nos faz feliz. 
E, em dias assim, tudo o que não queremos é ouvir que devemos ser fortes, que devemos reagir, que devemos olhar ao nosso redor para ver que existem pessoas com problemas maiores que os nossos, pois todos nós temos plena consciência disso. Sabemos da necessidade de sermos fortes diante das intempéries da vida, mas sabemos, também, que não precisamos ser fortes o tempo inteiro, sabemos que podemos, vez ou outra, nos entregarmos ao mais profundo desespero e desesperança, mergulharmos em lágrimas doloridas e deixarmos que elas vertam dos nossos olhos até que a dor estanque e as feridas abertas parem de sangrar e comece o processo de cicatrização. Pois, é assim que recobramos nossas forças e nossa confiança em que tudo é passageiro e que nenhuma dor, por mais pungente que seja, dura para sempre. Tudo passa, não é assim que aprendemos?

Um beijo no coração...

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