domingo, 12 de maio de 2013

Somos únicos por essência...

Pablo Picasso, Mulher ao espelho, 1932.






Se for para ser um plágio, que seja de você, mesmo. Afinal copiar a si é justo, logo aos outros é inútil. Portanto aprender é uma direção e copiar é outra, então vamos evoluir...

(Ru Aisó)






O que nos define como seres únicos é o fato de não existir nenhum ser humano, mesmo gêmeos idênticos, que seja igual a outro na sua personalidade, na sua peculiaridade, nas suas maneiras de reagir e se posicionar diante da vida.
Cada um de nós foi dotado, no momento da nossa concepção, com características físicas e emocionais que fazem de nós, apesar de muitas vezes sermos semelhantes, exemplares únicos dentro da nossa própria espécie.
Sendo assim, a maneira como cada um reage às mais diversas circunstâncias a que somos submetidos, no decorrer da nossa existência, é peculiar à personalidade de cada um. Não é possível esperar reações iguais de seres desiguais no que tangem aos modos de agir e de pensar. Somos únicos e, como tal, únicas também são nossas emoções.
É certo, porém, que muitas vezes elegemos alguém em quem nos espelhar durante nossa caminhada rumo à firmação como pessoa. É óbvio que esse alguém sempre será aquela pessoa objeto da nossa mais profunda admiração, pois, se "copiamos", é porque sentimos vontade de nos assemelhar a ela pelas mais diversas razões. Isso, é absolutamente normal e começa a ocorrer desde a nossa mais tenra idade, quando passamos a imitar comportamentos, tanto é que a máxima "não se educa por palavras, mas sim, por exemplos" é pautada na necessidade de termos um modelo a seguir.
Todavia, isso deixa de ser saudável, quando a pessoa deixa de viver a sua própria vida, de exprimir seus próprios sentimentos, de se expressar de acordo com valores próprios diante das mais diversas circunstâncias, para assumir a personalidade de outrem e passar a agir e a viver como se fosse uma extensão dele. 
Nos transformar em um clone, em uma cópia, é o pior que podemos fazer com a nossa personalidade, pois, ao abrir mão de sermos autênticos e verdadeiros, passamos a ser uma caricatura daquele que elegemos como nosso espelho. Isso, é deprimente e doloroso.
Ninguém tem de mudar para agradar ninguém. Ninguém precisa abrir mão de ser quem é realmente a fim de obter a aprovação dos outros. Ninguém necessita reprimir sua própria personalidade para ser aceito por quem quer que seja. O desejo de mudança é saudável quando parte de nós mesmos, quando percebemos que traços contidos em nós nos incomodam a ponto de despertar o desejo de transformação. Mudar, sim, mas mudar por nós mesmos, pois, só assim, isso nos trará contentamento e amadurecimento emocional.
Ser um plágio de outra pessoa é aviltante à nossa essência de seres especiais e exclusivos dotados de capacidade de escolha, de articulação e únicos em nossas emoções e sentimentos.

Um beijo único e exclusivo!


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