domingo, 12 de maio de 2013

Coisas sobre mães que só uma mãe entende...

Minha mãe e eu





Deus não pode estar em todos os lugares e por isso fez as mães.

(Ditado judaico)







Me lembro bem de todas as vezes que ignorei um conselho da minha mãe e, literalmente, me dei mal. Era incrível como toda vez que, mesmo que o dia estivesse completamente ensolarado, sem uma única nuvem no céu, ela me dissesse: leve um guarda chuva porque vai chover ou, mesmo que estivesse um calor escaldante, ela me falasse: leve uma blusa de frio porque vai esfriar e eu não lhe desse ouvidos, eu voltava para casa encharcada ou tremendo de frio.
Lembro, também, das milésimas vezes em que eu procurei por algo, insistentemente, sem, no entanto, localizar o objeto da minha procura, mas era só minha mãe interceder na busca e o objeto, como que por encanto, aparecia bem diante dos meus olhos, no local exato em que eu havia efetuado uma busca minuciosa instantes antes.
Confesso que não entendia direito o poder que minha mãe tinha de fazer previsões do tempo, tão acertadamente, a ponto de eu achar que ela deveria ser a mulher do tempo dos programas de meteorologia e nem o poder de encontrar objetos perdidos, muito maior que o de São Longuinho. Na minha visão infantil e, mesmo adolescente, ela devia ter um anjo da guarda muito mais poderoso que os dos outros mortais, um anjo que lhe soprasse aos ouvidos se choveria, ou não, se faria frio ao entardecer, mesmo estando calor, que lhe dizia a localização exata de todos os objetos dados por perdidos pelos demais membros da família. Não havia outra possibilidade, era o que eu pensava.
O tempo passou, eu cresci, me tornei mãe, também, e a mesma visão mística que tinha da minha mãe percebi que meus filhos também tinham de mim. É incrível, mas, misteriosamente, eu comecei a fazer previsões acertadas do tempo e a encontrar, como num passe de mágicas, objetos não localizados por nenhum dos meus filhos.
Com isso, descobri que não há nenhum anjo que me sopra aos ouvidos o que eu achava que era soprado à minha mãe, mas hoje eu sei que mãe tem, sim, um sexto sentido, ou melhor, um sétimo sentido, pois dizem que sexto sentido toda mulher tem. Mãe enxerga com os olhos do coração tudo o que diz respeito aos seus filhos. Não há magia, não há misticismo, só uma intuição aguçada que nos faz antever tudo que se refira à nossa prole.
Hoje, eu entendo a real dimensão do amor de mãe. Compreendo o que é ficar sem dormir noites seguidas e, mesmo assim, escancarar um sorriso só de olhar para o causador das nossas noites insones. Compreendo o que é se doar, sem reservas, para que o outro tenha o melhor de nós. Hoje, eu sei o verdadeiro significado do amor que minha mãe me dedicou e que, por momentos, eu não entendi, achando que era cuidado em excesso, restrição de liberdade, ou mesmo, implicância. Hoje, eu sei que não era nada disso, mas, apenas, o maior amor do mundo.
Por tudo isso, hoje vou dizer algo que nunca disse antes à minha mãe publicamente: Mãe, eu te amo! E você é a melhor mãe que eu poderia ter tido!

Um beijo no coração de todas as mães do mundo!


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