segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Perdoar... perdoar-se...




Aquele que não consegue perdoar aos outros, destrói a ponte por onde irá passar.

(Francis Bacon)





Temos de ter muito cuidado com nossas verdades absolutas. Se tem algo que a vida não perdoa nunca, é nos sentirmos donos da razão em detrimento a pensamentos contrários aos nossos. 
Na verdade, a vida tem uma estranha maneira de nos provar que, na verdade, nada sabemos, que somos todos leigos, somos seres imperfeitos em busca de firmação pessoal, o que, muitas vezes, nos leva por caminhos tortuosos que ao invés de nos trazerem o contentamento que procuramos, só nos trazem amargura, dor e decepções com nós mesmos.
Por outro lado, estamos em constante mutação, o que ontem nos servia, hoje não nos serve mais. O que ontem nos fazia bem, hoje não nos faz mais. O que ontem foi nosso tudo, hoje pode ser mais ou menos e, amanhã, nosso nada. 
Ninguém está livre de passar por desilusões, porém, o que fazemos conosco depois disso é responsabilidade tão somente nossa, de mais ninguém. Em um ou outro momento das nossas vidas todos nós seremos decepcionados, seja por outras pessoas, seja por nós mesmos, mas o que a vida cobrará de nós é como lidaremos com isso. Jamais seremos perdoados se optarmos por carregar o peso desnecessário da falta de perdão, sobremaneira, se não perdoarmos a nós próprios, deixando que um fato nos defina como pessoa e nos torne seres amargurados e vazios. 
O perdão liberta a alma, solta as amarras do rancor e nos deixa prontos para prosseguir por novos caminhos, desviando dos erros passados e aprendendo com eles a sermos pessoas melhores, mais felizes e mais em paz com a vida.
Verdades absolutas não existem, o que existe é a verdade de cada um, de acordo com o momento de cada um, portanto, ninguém tem o direito de julgar ninguém, porque apenas cada um sabe o que é ser ele mesmo, sabe das dores e das alegrias de ser quem é, ninguém mais.

Beijos no coração!

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