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Eu dou um pedaço de mim, em todos os sentidos da palavra, quando faço qualquer coisa.
(Christine Miserandino, autora da Teoria da Colher)
Uma amiga me enviou um texto, escrito por uma portadora de lúpus, intitulado de Teoria da colher, e eu me vi em cada uma das palavras escritas, assim como tenho certeza, muitos companheiros de enfermidade, se verão nelas também.
Eu estou há exatos 35 dias de repouso, me alternando entre sentar e deitar, deitar e sentar, por conta da fratura no tornozelo e, pode parecer inacreditável para quem não sabe como é viver esclerosada, mas hoje me sinto como se tivesse dado a volta ao mundo correndo e a pé, tal a falta de energia que me acometeu, tal a fadiga que está me consumindo, tal o cansaço que tomou conta de mim por estar me sentindo tão mal.
Minha cabeça dói, minhas articulações doem, meus músculos doem, meus olhos doem, minhas unhas doem, meus pensamentos doem... minha respiração está difícil, minha fala está arrastada, meu campo de visão está diminuído, meus pensamentos embaralhados, as palavras fogem e, tentar recuperá-las de volta, é um esforço excessivo que me exige um gasto energético maior do que eu tenho para dispor.
Hoje, não estou apenas fadigada, mas também estou cansada de me sentir assim e, a minha válvula de escape, as lágrimas, não estou podendo usar, porque descobri que chorar faz meus olhos quererem pular para fora das órbitas e a dor é quase insuportável. Então, chorar está fora de cogitação e estou tendo de dispender minha última colher, ou seja, minha última centelha de energia para conter o choro que está querendo rolar insistentemente.
Estou cansada...estou exausta... estou exaurida.... estou fadigada... estou prostrada... estou esgotada...
Eu quero minha energia de volta... quero mais colheres, mas, elas acabaram...
Beijos fadigados...
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