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A ciência pode ter quebrado o preconceito das pessoas sobre as doenças, mas não das pessoas sobre os doentes.
(Pedro Bravo de Souza)
E um dia você acorda profundamente exausto, com dores que não te dão trégua, com o corpo sem energia até para falar, com o estômago detonado de tantos remédios e ouve de alguém que você tem de ser forte porque existem doenças muito piores que a sua...
Você respira fundo, conta até mil, na verdade gostaria de contar até 1 milhão, mas a fadiga não deixa, e se põe a pensar em todas as doenças mais graves que a Esclerose Múltipla que você poderia ter e descobre que existem muitas mesmo.
No entanto, o que as pessoas não entendem é que cada um convive com as suas próprias dores e com os estragos que elas provocam. É obvio que nos solidarizamos e nos condoemos pelos que sofrem de todo tido de enfermidade, seja uma unha encravada ou um câncer, não importa, mas a dor de cada um é única, não tem comparação
A Esclerose Múltipla, teoricamente, não mata, mas ela vai ficando cada dia mais pesada para a maioria de nós. O tempo vai nos fazendo sentir, cada vez mais latente, o tamanho do fardo que carregaremos para o resto das nossas vidas.
As medicações, os tratamentos, as consultas rotineiras, os exames, as terapias, o sentir-se exaurido, as dores constantes, as parestesias, a perda de força, as dificuldades de fala e de deglutição, os descontroles urinários, os desequilíbrios, a falta de coordenação motora, os efeitos colaterais dos medicamentos, as oscilações emocionais, os medos, a ansiedade, a imprevisibilidade... tanta coisa que a Esclerose Múltipla traz na sua bagagem que muitas vezes se torna impossível suportar o seu peso e, então, um surto nos pega sem piedade alguma.
Realmente, a Esclerose Múltipla não é a pior das doenças que poderíamos ter, afinal ela não mata rápido como um câncer agressivo, ou a ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), ou outras doenças fatais. Ela vai minando nossa energia aos pouquinhos. Vai afastando muitos sonhos, muitas pessoas, vai nos fazendo dependentes por mais que resistamos. Dependentes de medicamentos, dependentes de pessoas, dependentes de reconstruir sonhos e projetos a cada dia, dependentes de buscar forças de onde não parecia possível mais existir, dependentes de cultivar esperanças, dependentes de não desistir nunca...
Então, quem acha que não somos fortes porque um dia ou outro nos rebelamos contra nossa companheira de vida, porque queremos ter o direito, num dia ruim, de nos fragilizar e nos sentir os mais infortunados do mundo, deve aprender a respeitar a dor alheia e compreender que a maior dor do mundo é a de quem a está sentindo, porque, parafraseando Shakespeare, qualquer um é capaz de suportar uma dor, exceto quem a sente.
Beijos na alma!
No entanto, o que as pessoas não entendem é que cada um convive com as suas próprias dores e com os estragos que elas provocam. É obvio que nos solidarizamos e nos condoemos pelos que sofrem de todo tido de enfermidade, seja uma unha encravada ou um câncer, não importa, mas a dor de cada um é única, não tem comparação
A Esclerose Múltipla, teoricamente, não mata, mas ela vai ficando cada dia mais pesada para a maioria de nós. O tempo vai nos fazendo sentir, cada vez mais latente, o tamanho do fardo que carregaremos para o resto das nossas vidas.
As medicações, os tratamentos, as consultas rotineiras, os exames, as terapias, o sentir-se exaurido, as dores constantes, as parestesias, a perda de força, as dificuldades de fala e de deglutição, os descontroles urinários, os desequilíbrios, a falta de coordenação motora, os efeitos colaterais dos medicamentos, as oscilações emocionais, os medos, a ansiedade, a imprevisibilidade... tanta coisa que a Esclerose Múltipla traz na sua bagagem que muitas vezes se torna impossível suportar o seu peso e, então, um surto nos pega sem piedade alguma.
Realmente, a Esclerose Múltipla não é a pior das doenças que poderíamos ter, afinal ela não mata rápido como um câncer agressivo, ou a ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), ou outras doenças fatais. Ela vai minando nossa energia aos pouquinhos. Vai afastando muitos sonhos, muitas pessoas, vai nos fazendo dependentes por mais que resistamos. Dependentes de medicamentos, dependentes de pessoas, dependentes de reconstruir sonhos e projetos a cada dia, dependentes de buscar forças de onde não parecia possível mais existir, dependentes de cultivar esperanças, dependentes de não desistir nunca...
Então, quem acha que não somos fortes porque um dia ou outro nos rebelamos contra nossa companheira de vida, porque queremos ter o direito, num dia ruim, de nos fragilizar e nos sentir os mais infortunados do mundo, deve aprender a respeitar a dor alheia e compreender que a maior dor do mundo é a de quem a está sentindo, porque, parafraseando Shakespeare, qualquer um é capaz de suportar uma dor, exceto quem a sente.
Beijos na alma!
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