quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Amores e amigos eternos...





Aprendi que amores eternos podem acabar em uma noite, que grandes amigos podem se tornar grandes inimigos, que o amor sozinho não tem a força que imaginei.

(Shakespeare)







Hoje, durante minha consulta neurológica, minha médica me perguntou como eu andava emocionalmente, pois um dos fatores desencadeantes dos surtos de Esclerose Múltipla era o estresse emocional. A esse questionamento dela eu falei, superficialmente, dos problemas pelos quais passei recentemente. Ela me ouviu e proferiu a seguinte frase: o nosso problema é pensar que amores e amigos são insubstituíveis, que se perdermos um grande amor ou uma grande amizade, jamais encontraremos um novo amor ou um novo amigo, quando na verdade nada é definitivo. No mundo existem mais de 7 bilhões de pessoas, então não é possível que não encontraremos um outro amor ou um outro grande amigo.
Saí do consultório pensativa. Voltei para casa com essa fala ecoando na minha mente e percebi que ela está certa no que disse, por mais que à primeira vista possa parecer que não.
Quantos amores eternos já passaram por nossas vidas?
Quantos melhores amigos, hoje, são apenas uma pálida lembrança?
Quantas vezes pensamos que se aquele grande amor não ficasse em nossa vidas jamais seríamos capazes de amar novamente?
Quantas não foram as ocasiões em que pensamos que nunca mais confiaríamos em alguém como confiamos naquele melhor amigo?
Posso dizer que foram diversas as vezes em que vivenciamos essas situações e, por mais que tenhamos sofrido, por mais que tenhamos mergulhado no fundo do poço da nossa dor pela partida de um grande amor ou a perda de uma grande amizade, sempre acabamos por emergir de volta à superfície, despedaçados, é verdade, mas capazes de recolher nossos cacos e montar nosso próprio quebra-cabeça de novo.

Beijos reflexivos!

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