sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Nem tudo são flores na primavera...

Fonte: Google imagens




Nem tudo são flores
nos meses da primavera.
Voam marimbondos...

(Leila Miccolis)






Eu, inocentemente, acreditei que a Esclerose Múltipla me daria uma trégua na primavera deste ano, pois, o fato de eu ter fraturado o tornozelo, já deveria ter sido motivo suficiente para que eu fosse poupada de um surto, mas, não, essa doença bipolar é geniosa, inconstante e impiedosa, ela não preserva ninguém.
Desde 2011 que a estação das flores chega e, junto com ela, um surto oportunista me surpreende, me domina e me toma por refém dos seus desmandos.
Agora, em 2014, a primavera quase a se despedir, quase indo embora para dar lugar ao verão, não conseguiu se retirar antes de presenciar mais uma vez eu surtando, pulsando, adoecendo... É, quase escapei desta vez, mas não deu, eu surtei!
Novamente, o padrão dos dois últimos surtos se repetiram. Eu fui tomada por vertigens, muitas vertigens, muito flutuar, senti meus olhos balançando dentro das órbitas, náuseas, dores e desequilíbrios. Fiquei, de novo, prostrada, amedrontada. impotente, exaurida...
Foram 3 dias pulsando e serão mais 20 dias ingerindo corticoides  por via oral. Estou me sentindo mais fraca, mais frágil, mais trêmula, mais dolorida, mais insone, mais desequilibrada, mais triste, mais sufocada, mais enjoada, mais faminta, mais angustiada, mais inchada... mas menos tonta.
Presente de Natal, presente de despedida de primavera, presente que eu teria imenso prazer em recusar, mas a malvada da Esclerose Múltipla não aceita devolução, portanto, só me resta relaxar, descansar, desinchar, desinflamar, me recuperar...

Beijos exauridos!


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