sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Procurando por mim...





Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim.

(Sérgio Magrão)




Muitas vezes me pergunto em que momento da minha vida eu me perdi de mim mesma. Me questiono onde foi que esvaziei as mãos cheias de sonhos que eu trazia cuidadosamente.
Eu paro e penso no porquê de me sentir tão vazia e tão absolutamente sozinha com minhas desilusões. 
Busco compreender em que encruzilhada do caminho eu peguei a estrada errada e a trilhei, por tanto tempo, sem perceber que ela não me levaria aonde eu precisava ir.
Tantas vezes eu me interrogo o que me tornou tão frágil a ponto de crer em mentiras, falsas promessas e manipulações ardilosas que quase me transformaram em um ser inanimado.
Eu tento descobrir por que tenho deixado o tempo me arrastar com ele sem que eu tenha forças de dizer que eu ainda preciso viver muito, realizar muito e voltar a sonhar.
Onde foi que eu me perdi?
Onde foi que eu desisti?
Onde foi que eu parei de viver e passei a sobreviver?
Eu não sei. De verdade, não sei. 
Apenas sei que os dias passaram a ser uma sucessão de horas vazias, cinzentas e ausentes de mim.
Eu tenho sentido medo. Um medo quase insano de envelhecer sem encher minhas mãos novamente de sonhos. Medo de rodopiar à minha própria volta sem sair do lugar. Medo de deixar que o espelho mostre que o tempo passou sem que eu tenha tido a coragem de retornar e pegar o caminho certo.
Eu não posso, eu não quero, eu não suporto mais essa ausência de sonhos, essa ausência de objetivos a perseguir. 
Preciso do meu eu de volta. Preciso da minha força de volta. Preciso da minha vida de volta.
Eu quero luz, mas não estou conseguindo abrir as janelas para que ela entre. 
Eu quero sonhos, mas não estou conseguindo adormecer.
Eu quero eu, apenas eu e minha antiga capacidade de superação.
Estou procurando por mim...

Beijos no coração!


Um comentário: