quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Estou tentando amadurecer...

Bete Tezine, Autorretrato.
Pintura digital sobre fotografia, 2014.


Com a maturidade (em outras palavras: com os parafusos aparafusados direitinho), a gente começa a perceber o que merece e o que não merece a nossa atenção. Isso vale para coisas, pessoas, ideias, sentimentos. Tem coisa que não vale um real. Outras tantas valem um milhão.

(Clarissa Corrêa)




Evoluímos em espírito, quando aprendemos a diferenciar verdades de chantagens emocionais e passamos a perceber as realidades ocultas e os blefes escancarados.
Amadurecemos como pessoas, quando conseguimos identificar que estamos sendo manipulados, descaradamente, a fim de satisfazer o egocentrismo e o egoísmo daqueles que nos querem na palma da mão.
Crescemos em sabedoria quando conseguimos nos desvencilhar das armadilhas que nos colocam no caminho, com a nítida intenção de aprisionar nossas emoções e moldá-las da forma que melhor for conveniente às intenções mascaradas.
Engrandecemos como ser humano quando aprendemos a nos respeitar como pessoas, dando-nos a oportunidade de expressar nossas opiniões e desejos livremente, sem medo de contrariar quem quer que seja.
Galgamos mais um degrau na escalada rumo à evolução, quando descobrimos que somos mais fortes do que jamais supomos e que podemos ser nós mesmos em todos os aspectos das nossas vidas.
Somos ouvidos quando aprendemos a nos levantar e colocar nossa voz para fora, sem receio de expressar o que se passa dentro em nosso interior.
Ganhamos o respeito dos que nos cercam, quando passamos a ter voz ativa e assumir o papel que nos cabe dentro dos círculos em que estamos inseridos, sejam eles quais forem.
Reassumimos o comando da nossa existência, quando soltamos as amarras que nos prendem a situações ou pessoas e passamos a nos direcionar de acordo com o que traçamos para nós mesmos.
Nos tornamos adultos quando, sem abandonar a nossa eterna criança, passamos a apenas dar importância ao que realmente é importante e a deletar tudo o que não serve para nós.
Por tudo isso, tenho aprendido que as pessoas nos manipulam porque nós permitimos, talvez por medo, covardia, negligência, comodismo, não sei dizer, mas o certo é que, por falta de respeito e amor próprio, nos deixamos ser moldados ao bel prazer do outro.
Tenho aprendido, também, que as pessoas não nos respeitam porque permitimos isso, baixando a cabeça, aceitando tudo passivamente, demonstrando uma fraqueza interior gritante e calando nossa voz e nossos sentimentos.
Por tudo isso, estou me remodelando dia-a-dia, lutando arduamente para me tornar uma nova mulher, deixando para trás tudo o que me emperrava a evolução, aprendendo a discernir o que é real do que é fantasia, o que é verdade do que é manipulação. Estou aprendendo a me amar mais e a me respeitar mais ainda, a deletar o que não serve para a minha vida e a reter o que constrói uma melhor parte em mim. Estou batalhando, arduamente, para me levantar toda vez que quiserem calar a minha voz e me subjugarem, fazendo ressoar de dentro de mim um rugido que estremece, cala e afasta tudo o que não pode mais permanecer na minha vida.
Estou tentando amadurecer...

Beijos engrandecidos no coração de todos!

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