(Friedrich Nietzsche)
Sabem aqueles dias em que acordamos com a mais avassaladora e desconcertante sensação de impotência?
Sabem aqueles dias em que sabemos que deveríamos agir afim de reverter uma situação que nos debilita e nos torna refém dos seus emaranhados?
Têm noção daqueles momentos que nos tomam por completo, nos agridem, nos incomodam, sem que consigamos nos livrar deles?
Vocês sabem daqueles instantes, de pura angústia, por sabermos da impossibilidade de voltarmos no tempo e mudar o começo de tudo?
Sabem os dias em que a escuridão toma conta da nossa alma por termos medo de que nossa inanição, mesmo que forçada, seja a causadora da dor que toma conta de nós?
Todos nós, na verdade, já tivemos momentos assim. Momentos em que temos a mais plena consciência de que deveríamos tomar uma decisão e partirmos em busca do desvencilhamento das tramas que nos envolvem e nos paralisam. No entanto, muitas vezes, não basta sabermos disso, uma vez que essa consciência não é o suficiente para que consigamos reagir, interferir, sanar, modificar, recomeçar, pois, nem sempre, esse poder está em nossas mãos... em grande parte das vezes ele está aquém das nossas possibilidades de ação.
Hoje, talvez, mais que em outros dias, eu vivi essa terrível percepção de impotência por me ver impossibilitada, pela própria vida, de interferir nos rumos que alguns fatos da minha existência têm tomado. Foi, com essa incômoda sensação, que eu li um texto, escrito por uma menina que, muito mais do que eu pudesse dizer, traduziu o que se passou dentro de mim nesse meu dia de introspecção e inércia forçada. Assim, transcrevo, aqui, as lindas e tocantes palavras da minha amiga Ana Carolina:
Momentos...momentos que
não sabemos. Sim, simplesmente não sabemos. Não sabemos o que falar, o que
escrever, o que sentir, o que pensar, não sabemos como reagir, ou como
demonstrar. Simplesmente não sabemos. Só sabemos que deveríamos estar fazendo
algo, mesmo sem saber o que fazer. Os dias passam, as horas passam, os minutos
se vão e até mesmo os segundos começam a se tornar algo incômodo. Aquela
terrível agonia que sentimos por não poder fazer algo, por não poder voltar no
tempo, vai acumulando no coração. E algo te diz "PARA! Não é isso o que
você tem que fazer. Você tem que estar lá agora, vai logo!", mas você não
pode. Não pode porque... simplesmente não sabe. Mas não pode.
Porque as coisas são
assim? Porque o mundo é desse jeito? Porque as pessoas não mudam? PORQUE O
TEMPO NUNCA ESTÁ A NOSSO FAVOR? Se alguém souber as respostas, por favor me
diga, pois até hoje nada disso faz sentido para mim.
Cá estou eu, em uma
quarta-feira de pura agonia, procurando palavras boas o suficiente para o
devido momento, e nada me vem a mente. Cá estou eu, em um daqueles dias em que
nada sei. E você precisando tanto de mim, de uma palavra amiga.
(Ana Carolina M)
Um beijo no coração de todos...
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