domingo, 3 de março de 2013

Fadiga: uma mala sem alça...




O meu cansaço não será desfeito com um longo banho ou uma noite de sono. O meu cansaço é emocional, e às vezes sem sentido.


(Eve Frozinoi)





Acho que já afirmei, em outros posts, que de todos os sintomas que a Esclerose Múltipla me provoca, o mais debilitante de todos é a fadiga. Ela me extenua, literalmente.
A bem da verdade, muito antes de saber que o que eu sentia era fadiga, eu já me sentia completamente sem energia e tomada por um cansaço extremo. Cansaço esse que fazia com que eu, ao invés de me levantar da cama quando acordava, me arrastasse, literalmente.
Quantas não foram as vezes em que eu afirmei que, diferentemente das demais pessoas, uma noite de sono não era capaz de restabelecer minhas forças. Era estranho isso, mas, era como eu me sentia, tamanha a falta de energia que me acometeu por anos a fio.
Me levantar da cama sempre foi uma tarefa árdua, em certos momentos desempenhar as demais atividades no decorrer do dia, também se mostra uma verdadeira batalha. 
As pernas teimam em estancar no meio da escada, parecem que pesam uma tonelada e se recusam a continuarem a subir.
Meus braços parecem que passam a pesar cerca de 100 kg cada um, tornando-se difícil demais carregá-los dependurados em meus ombros. 
Minha mente se cansa de pensar... meus olhos se cansam de olhar... meus ouvidos se cansam de escutar... meu corpo se cansa de se sentir cansado... mas, a fadiga não dá trégua, continua colada em mim feito um parasita, sugando minhas energias a fim de se manter cada vez mais forte.
Em dias como estes, como eu abomino minha companheira de vida. Não por ela em si, mas pela gama de acessórios que ela trouxe com ela, em especial, a mais extenuante de todas as sensações que alguém pode sentir: a falta de energia crônica e extrema.
Hoje, eu me sinto assim e, digitar, agora, se tornou cansativo demais, então, vou ter de finalizar o post por aqui.

Um beijo fadigado...

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