terça-feira, 18 de junho de 2013

Aceitando o inevitável...

Bete Tezine, Autorretrato.
Pintura digital sobre fotografia, 2013.





Aceitar o inevitável é uma sábia decisão.

(Edson Marques)











A epígrafe com a qual iniciei este post fala de algo que, de uma forma ou de outra, acabamos por aprender: aceitar o inevitável. 
Existem acontecimentos em nossas vidas que, simplesmente, não dependem das nossas ações, reações ou interferências. Eles simplesmente acontecem e nós não temos controle algum sobre isso. Então, aceitar o que é inevitável é questão de sobrevivência, é a melhor forma de lidar com os sentimentos que afloram quando o inevitável acontece.
Eu não quis a Esclerose Múltipla na minha vida, eu não a desejei, eu não a imaginei um dia ligada a mim... mas ela veio, sorrateira, sem fazer barulho, devagarinho e se tornou um fato inevitável na minha vida, pois, por mais que eu quisesse, não teria como impedir a sua chegada, não dava para lhe dizer que não aceitava a sua companhia.. simplesmente ela faz parte da minha vida agora e o melhor para mim, em todos os sentidos, é aceitar a sua presença e viver ao lado dela da melhor maneira possível.
Do mesmo modo, todos nós gostaríamos de ter o poder de tornar as pessoas queridas imortais... quem não gostaria de não ter de viver para ver as pessoas que amamos partindo? Quem de nós nunca desejou segurar com nossas mãos, junto de nós, a vida daqueles pelos quais daríamos a nossa própria vida? Mas, por mais que desejemos isso, a morte é inevitável, pois, ela é a nossa única certeza... um dia, todos partem, porém, aceitar esse fato inevitável é doloroso demais, eu sei, no entanto, não temos outra alternativa que não seja nos permitir seguir vivendo e carregando, dentro de nós, o amor e a certeza de que um dia a saudade doerá menos e passará a ser ternura ao invés de lágrimas. Aceitar o inevitável, nesse caso, é se permitir sofrer, chorar, para depois continuar a viver da melhor maneira possível.
Não está sendo nada fácil, confesso, mas tenho aprendido, dia-a-dia, a aceitar o inevitável  como forma de diminuir a dor, a angústia, a revolta e a sensação de impotência por não ter o poder de alterar o que se instalou como imutável na minha vida.

Um beijo inevitável para todos!

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